Sindicato quer debater com bancada federal de MT privatização dos Correios

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Da assessoria

O Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas dos Correios em Mato Grosso (Sintect-MT) quer debater com a bancada de deputados federais de Mato Grosso os projetos de lei 7.488/17 que trata da extinção do monopólio de serviços postais, e o 591/21 que trata da privatização dos Correios. “Precisamos debater a necessidade da permanência da ECT enquanto empresa pública, a serviço da população brasileira”, disse o presidente do Sintect-MT, Edmar Leite.

 

A solicitação da reunião foi encaminhada através de ofício, na semana passada, pelo presidente do Sintect-MT ao coordenador da bancada de Mato Grosso na Câmara dos Deputados, Dr. Leonardo, do Solidariedade. A reunião será na modalidade online.

 

No ofício enviado, o Sintect-MT anexou uma carta alertando sobre os danos que a venda da empresa causará para a sociedade brasileira. Dentre estes pontos, eles destacam: a demissão em massa de trabalhadores da empresa, queda na qualidade dos serviços e aumento dos custos na prestação dos serviços para a população. De acordo com Edmar Leite, esse debate é urgente.

 

Segundo ele é preciso mostrar que a ECT é uma empresa lucrativa e que (ela) além do lucro financeiro, a empresa cumpre um papel social muito importante. “Quem vai perder com a privatização da empresa é principalmente a população das pequenas e médias cidades, bem como os moradores nas periferias das grandes cidades e estes ficarão sem atendimento em caso de privatização, visto que as empresas privadas estarão presentes somente onde dá lucro” ratificou.

 

“A privatização também seria um golpe para a economia, atingindo principalmente milhares de pequenas e microempresas que usam a logística dos Correios para seus negócios no Brasil ou no exterior. Mais de 15 mil empresas brasileiras utilizam o serviço “Exporta Fácil” para expandir seus negócios para outros países. Com a privatização e o consequente aumento das tarifas muitos desses negócios seriam inviabilizados e as empresas fechariam as portas!”, diz um trecho da Carta anexada ao ofício encaminhado aos parlamentares.

 

Este ano, a ECT completou 358 anos e está presente em mais de 5.500 municípios brasileiros. Sua venda preocupa os mais de 92 mil trabalhadores nos Correios em todo o país, mais de 1.200 de Mato Grosso, e seus familiares.

 

Desde 2017, a empresa vem registrando resultados positivos nos balanços anuais: em 2017 o lucro foi de R$ 667; encerrou 2018 com um lucro líquido de R$ 161 milhões; em 2019 balanço financeiro registrou saldo lucrativo de R$ 102 milhões e em 2020 em plena pandemia registrou um lucro liquido de mais de R$ 1,5 bilhão.

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