Polícia Federal cumpre mandados em MT contra extração ilegal de diamantes em terra indígena

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Yuri Ramires

Polícia Federal cumpre dois mandados de busca e apreensão, nas cidades de Cuiabá e Barra do Garças, na manhã desta quinta-feira (24), durante a Operação Crassa, que tem como objetivo desarticular uma organização criminosa responsável por exploração e comércio ilegal de diamantes extraídos da Terra Indígena Roosevelt, que fica no estado de Rondônia.

 

Conforme as informações da assessoria da PF, 53 mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça e estão sendo cumpridos em 7 estados do país, além do Distrito Federal. A investigação começou em 2018 após a prisão em flagrante de 3 homens em posse de diversas pedras de diamantes.

 

 

Segundo a investigação, os suspeitos contaram que saíram de São Paulo e foram para Rondônia, onde adquiriram os diamantes. Confessaram ainda que eles eram da Reserva Roosevelt.

 

Esquema internacional

PF desmembrou a investigação e conseguiu identificar garimpeiros, lideranças indígenas, financiadores do garimpo, avaliadores, comerciantes e intermediadores que fazem parte do esquema criminoso.

 

Os intermediadores, por exemplo, fazem a conexão entre os fornecedores e o mercado consumidor nacional e internacional. As pedras eram comercializadas em jóias na Itália, Suiça e Fraça, por exemplo. 

 

Dos 53 mandados, 2 estão sendo cumpridos em Cuiabá e Barra do Garças. Os crimes investigados estão organização criminosa, usurpação de bens da União e lavagem de dinheiro.  

 

Nome da operação

O termo “Crassa” remete ao estado bruto dos diamantes, tendo sido identificado no início das investigações a referência “Bruto” ao lado dos contatos relacionados a garimpeiros e intermediários do comércio ilegal do mineral na agenda dos indivíduos presos em flagrante.

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