Colaboração da FIFA na campanha contra o coronavírus é lida com patética; confira

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A metáfora pode parecer grosseira. Porém, define muito bem aquilo que, inevitavelmente, sucederia no Futebol do planeta: o cenário do dominó, as peças empilhadas na vertical, uma que cai e daí desanda a derrubar todas as outras. Primeiro, houve o adiamento da Copa América e da Eurocopa, de agora para Junho/Julho de 2021. Daí houve a suspensão, para uma data indefinida, da Copa do Mundo de Clubes, que aconteceria em 2021 e ficará para ainda nem se imagina quando. Ironia: essa competição, originalmente, deveria acontecer lá na China, de onde a Covid-19 disparou.

 

Afora tais medidas, paliativas, voluntariosas, a entidade que comanda o Ludopédio no planeta adotou atitudes que, convenhamos, parecem provenientes de um grupo de alunos de Jardim de Infância. O estabelecimento de um fundo de US$ 10 milhões de apoio à Organização Mundial de Saúde quando só a Fiat/Juventus de Turim designou 50% mais em apoio à crise na Itália. Isso e a divulgação de um manifesto convencional, assinado pelo presidente Gianni Infantino, um apelo à solidariedade. E para completar a ridicularia a FIFA criou um comitê de treinadores “renomados” para lutar contra a Covid-19.

 

Integra o comitê, por exemplo, Arsène Wenger, o ex-Arsenal de Londres e diretor de um certo Departamento de Desenvolvimento Global do Futebol na entidade. E também um rivalérrimo de Wenger, Maurizio Pochettino, manager do Tottenham, também da capital da Inglaterra. Entre outras superficialidades, os dois aparecem num filme em que supostamente ensinam a lavagem das mãos com álcool-gel etcetera e tal ou, melhor ainda, com água e sabão etcetera e tal.

 

Também fazem parte do elenco de “professores” Jill Ellis, da seleção feminina dos Estados Unidos, Casey Stoney, do time feminino do Manchester United, e Aliou Cissé, da seleção masculina do Senegal.

 

Completa gloriosamente a pantomima o velho “Special One”, ele, José Mourinho, o atual do Tottenham, dias atrás eliminado, acachapantemente, pelo RB Leipzig, da Alemanha, nas oitavas-de-final da Champions League. Com a sua clássica postura de professor, acima do bem e do mal, Mourinho discorre sobre a “interação social” e ensina as pessoas a se manterem a no mínimo um metro de distância “de quem tosse ou espirra”. Não bastasse esse torvelinho de estultices, Gianni Infantino fecha o seu pronunciamento com uma frase que faria Tiririca morrer de rir: “Juntos, nós vamos ganhar este jogo tão difícil!” 

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