Mauro compara PCE a quartel general do crime e vê retomada do controle – ouça

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De Tangará da Serra


O governador Mauro Mendes (DEM) voltou a defender a operação realizada por agentes de segurança dentro da Penitenciária Central do Estado.

Em discurso, em Tangará da Serra, na abertura da 2ª Feira de Horticultura, realizada pela Unemat, o chefe do Executivo destacou a necessidade de se retomar o controle do local. “Aquilo era um quartel general do crime organizado. (…) é preciso coragem das equipes, dos nossos secretários, dos nossos servidores, dos agentes nossos agentes. E do meu lado só bastou uma coisa “pode fazer!””, disparou o chefe do Executivo.

Nesta linha, Mauro disse que autorizou a ação porque não se deve permitir que a sociedade fique refém de bandidos que, de dentro das cadeias, comandam os crimes do lado de fora. “Porque se nós não formos capazes de retomar um quarteirão e botar ordem naquilo, como é que eu vou botar ordem no Estado?”, afirmou o governador. Na plateia estavam políticos, professores e acadêmicos.

O chefe do Executivo destaca ainda que dados apontam que, em média, 80% das pessoas que deixam a cadeia acabam por reincidir em crimes. O motivo seria justamente o poder das facções criminosas. “Elas saem da cadeia com encomenda do quê fazer, de que crimes têm que praticar. [E obedecem] porque senão o crime organizado acaba retaliando essas pessoas”.

Aplaudido, o governador disse que determinou a ação porque caso contrário a população estaria à mercê dos criminosos. “Eu falei: tem que fazer!, porque senão nós vamos ficar reféns desses bandidos que, de dentro da cadeia comandam a prática de crimes aqui fora e isso é inadmissível”, disse, numa referência à facção criminosa.

Operação

O Sistema Penitenciário deflagrou, em sigilo, a Operação Agente Elisson Douglas dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE) no último dia 12 com o intuito de combater o crime organizado na cadeia. O nome da operação lembra a morte do agente prisional Elisson, executado a tiros. A operação segue por tempo indeterminado.

Agentes têm recolhido aparelhos telefônicos e outros itens, e executam ações que visam reorganizar a PCE. Familiares de presos reclamam e criticam a ação.

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