Idoso que escondeu morte de esposa por 25 anos não deve responder pelo crime

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idoso Jairo Narciso da Silva, 64 anos, não deve ser condenado pela morte da sua então esposa Luzinete Leal Militão, assassinada aos 28 anos, em outubro de 1994, em Sinop (a 503 km de Cuiabá). O caso veio à tona nesta semana, após ele confessar o crime e revelar que matou a companheira, a enterrou dentro de casa e concretou o corpo da vítima.

 

 Jairo foi à delegacia por iniciativa própria, junto com a atual esposa. Ele argumentou que cometeu o crime por ciúmes, pois a mulher gostava de sair à noite. O idoso afirmou que matou Luzinete após asfixiá-la, depois de ter atingido a mulher com golpes de barra de ferro.

 

Segundo ele, o corpo foi enterrado no banheiro da casa, que estava em obra, junto com documentos pessoais e joias da mulher, para simular que Luzinete havia fugido com um amante – argumento que ele sustentou todos esses anos aos dois filhos.

 

De acordo com o delegado Ugo Ângelo Reck de Mendonça, Jairo não deve responder pelo homicídio de Luzinete, pois o crime deverá ser considerado prescrito. “O máximo de prescrição no Código Penal é de 20 anos. Como o crime aconteceu há 25 anos, a chance de ser prescrito é bem grande. Imagino que ele tenha sido orientado a confessar o crime por ter prescrito”, afirmou.

 

“Foi um crime muito cruel. Foi motivado por ciúmes e ele utilizou de várias formas para impedir a defesa da vítima. Caso ele fosse responder pelo crime, haveria várias qualificadoras [que aumentariam a pena aplicada ao homem]”, acrescentou Mendonça.

 

O delegado explicou que como não eram feitas investigações sobre o homicídio – pois o caso era tratado como abandono de lar –, não há medidas que possam justificar um possível aumento no prazo de prescrição.

 

Segundo Mendonça, o idoso, porém, deverá responder por ocultação de cadáver. “É um crime permanente, então ele ainda pode responder”, afirmou.

 

Para que o caso tenha sequência, porém, é necessário que seja feita uma escavação para localizar possíveis restos da mulher no banheiro da casa em que o idoso teria enterrado ela – a residência foi vendida pelo suspeito pouco após o desaparecimento da esposa.

 

“Como é uma casa habitada, que foi vendida, é necessária autorização judicial para entrar e escavar. Os elementos que temos leva a crer nisso [no crime], porque encontramos o boletim de ocorrência no qual ele afirma que a esposa abandonou o lar e desapareceu”, disse o delegado.


 A previsão é de que a escavação na residência seja feita na próxima semana. Mas ainda não há prazo definido.

 

Os filhos

 

A vítima tinha um filho de 10 anos de um relacionamento anterior, e um segundo de 8 anos, fruto do casamento com o suspeito. Nas últimas décadas, o suspeito afirmou a eles que a mãe deles tinha ido embora por vontade própria. Conforme o delegado, eles descobriram o crime na semana passada, após o homem decidir confessar.

 

Os filhos da vítima ainda não foram ouvidos pela Polícia Civil. “Eles não querem prestar depoimento, por enquanto”, revelou o delegado.A previsão é de que a escavação na residência seja feita na próxima semana. Mas ainda não há prazo definido.

 

Os filhos

 

A vítima tinha um filho de 10 anos de um relacionamento anterior, e um segundo de 8 anos, fruto do casamento com o suspeito. Nas últimas décadas, o suspeito afirmou a eles que a mãe deles tinha ido embora por vontade própria. Conforme o delegado, eles descobriram o crime na semana passada, após o homem decidir confessar.

 

Os filhos da vítima ainda não foram ouvidos pela Polícia Civil. “Eles não querem prestar depoimento, por enquanto”, revelou o delegado.

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