Conmebol volta a defender proibição de bandeirões e cita Corinthians: ‘Não vamos esperar outra tragédia’

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Bandeirão da torcida do Corinthians durante jogo contra o San Jose-BOL, em 2013© Getty Images Bandeirão da torcida do Corinthians durante jogo contra o San Jose-BOL, em 2013

Em evento no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira, a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) voltou a defender a proibição dos bandeirões nas arquibancadasda Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana.

E assim como já havia feito através de nota oficial há alguns dias, a entidade lembrou novamente o triste episódio ocorrido em 2013, durante a partida entre San José-BOL e Corinthians, quando o torcedor Kevin Espada, da equipe boliviana, foi atingido no olho por um sinalizador disparado por corintianos, falecendo na hora.

De acordo com Fred Nantes, diretor de competições de clubes da Conmebol, a organização terá política de tolerância zero nas arquibancadas, e para isso necessita que as câmeras consigam filmar tudo sem bloqueios – a justificativa é que os bandeirões atrapalhavam a visualização e cobriam possíveis infratores.

“A partir de março, teremos em Assunção um Centro de Comando e Controle dos nossos jogos. Vamos acompanhar todas as partidas e teremos uma equipe de terça, quarta e quinta para analisar as imagens e ajudar os oficiais das partidas nas competições”, revelou.

“Teremos imagens das arquibancadas, imagens de outros lugares que os funcionários responsáveis pela segurança muitas vezes não conseguem ver na hora, porque estão em atividade específicas e não têm visibilidade”, acrescentou.

“Acho que a Conmebol mostrou no ano passado que não está relevando absolutamente nada que esteja fora do regulamento. Fomos alvo de críticas duras de clubes, da imprensa, de todo mundo, pela questão disciplinar. Então, ninguém vai deixar passar nada”, prometeu.

Nantes também disse que assim espera quem uma nova “tragédia”, como a de Oruro, se repita nos torneios Conmebol.

“Não estão proibidas bandeiras e nem faixas. A Conmebol só está regulamentando como elas podem estar dentro dos estádios. Não existe trabalho de segurança sem campo visual. Se o sistema de segurança não pode ver as pessoas, a segurança não pode fazer seu trabalho. É um conceito básico”, exclamou.

“Não vamos esperar que aconteça outra tragédia, como já aconteceu em 2013, com a morte de um torcedor. Naquela ocasião, foi disparado um foguete de trás de um bandeirão de torcida e atingiu um torcedor na partida entre San José e Corinthians. O rapaz faleceu dentro do estádio, e não foi possível identificar quem lançou pois estava escondido atrás da bandeira. Não vamos esperar que aconteça de novo”, encerrou

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