Gisela Simona recebe convite para migração ao Democratas

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Celly Silva

Detentora de 50 mil votos no pleito deste ano, o que lhe garantiu a primeira-suplência para a Câmara Federal na coligação que tem José Medeiros (Pode), Emanuelzinho (PTB), Neri Geller (PP) e Professora Rosa Neide (PT) eleitos deputados federais, a servidora do Procon estadual, Gisela Simona (Pros), está na mira do “cacique” do DEM, Júlio Campos, que a convidou para uma filiação visando as eleições de 2020.

 

Conforme ambos, o convite surgiu de maneira informal, durante o evento de diplomação dos eleitos, nesta semana. “Eu brinquei com ela: Venha de braços abertos, te esperamos porque nós temos que oxigenar o partido, renovar o quadro partidário, temos que chamar jovens, pessoas novas, diferentes”, relatou Júlio Campos. 

Segundo ele, o nome de Gisela surge como alternativa para uma candidatura para a Prefeitura de Cuiabá, em 2020, caso o suplente de senador e presidente estadual da legenda, Fábio Garcia, não queira entrar na disputa, já que se afastou da política para se dedicar aos negócios da família. “Ela disputou por um pequeno partido e quase foi eleita com quase 50 mil votos, ela é eleitora de Várzea Grande, mas tem grande votação em Cuiabá. Então é um nome que a gente pode trazer para o DEM, uma opção política”.

 

Otmar de Oliveira

júlio campos 900

Júlio Campos

Ao , Gisela Simona confirmou a conversa com Júlio Campos e disse que, na ocasião, respondeu ao secretário-geral do DEM Mato Grosso que iria pensar. No entanto, ela explicou que, no momento, não tem condições de deixar seu partido por conta da possibilidade de assumir uma vaga na Câmara, o que seria prejudicado com uma possível infidelidade partidária. 

 

“Eu não tenho como sair do Pros porque eu sou primeira-suplente de deputada federal e acredito que tenho chances reais de assumir sim o mandato porque, na verdade, a gente viu que o Neri Geller, por exemplo, teve as contas reprovadas e o Ministério Público inclusive ingressou já com ação de investigação contra ele […] Minha mudança de partido ocorreria só na janela partidária. Então, no momento, não existe nenhuma possibilidade de eu mudar de partido por conta dessa situação”, afirmou.

 

Composição de governo

Além da possibilidade para disputa eleitoral, Júlio Campos também vê em Gisela Simona um nome cotado para integrar o governo de Mauro Mendes (DEM). “Ela pode voltar pro Procon ou qualquer outra função porque ela é muito competente, uma pessoa de bom nível, que pode ser aproveitada em qualquer outra função que necessite de uma boa gestora”, comentou o político.

 

Ao , Gisela, que é servidora efetiva do Procon, afirmou que não recebeu nenhum convite para compor o staff do próximo governo, apenas para atuar na equipe de transição, na área de Segurança e Justiça, já que tem formação em Direito e tem experiência no Procon, que é subordinado à Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh).

 

“Sou servidora efetiva e fiquei muito feliz com o convite do governador eleito Mauro Mendes, porque ele se mostrou acima das questões políticas. Eu acredito muito que se você pode contribuir tecnicamente com o governo, é importante deixar de lado a questão partidária para poder pensar em Mato Grosso”, afirmou Gisela, se referindo ao fato de Mendes não ter levado em conta que ela disputou a eleição na chapa de Wellington Fagundes (PR), que também tentou o cargo de governador. 

Questionada se aceitaria voltar para a superintendência do Procon estadual, caso surja o convite, a servidora se mostrou disponível. “Eu estou aberta sim a assumir algum cargo na gestão, até porque eu vou estar no Procon com ou sem cargo, exercendo minha função. Eventualmente, uma demanda vinda do governo vai ser pensada com carinho”, declarou.

 

No início de 2017, Gisela foi exonerada do cargo de superintendente do Procon de forma que ela classifica como “desrespeitosa”, pelo governador Pedro Taques (PSDB), que colocou no lugar o ex-vereador e apresentador de televisão, Onofre Júnior (PSDB), depois deste ter perdido a reeleição para vereador de Cuiabá, em 2016. Na ocasião, a servidora sequer foi avisada da mudança e somente teve conhecimento por meio da publicação no Diário Oficial do Estado (DOE).

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