Mauro Mauro afirma que Taques não é republicano ao travar projetos

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Otmar de Oliveira

Otmar de Oliveira

Governador eleito, Mauro Mendes (DEM) lamentou a postura do atual governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), em não aceitar seu pedido de enviar para a Assembleia Legislativa (ALMT), ainda neste ano, os projetos que visam reeditar o Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab 2) e promover a reforma administrativa do Estado. Segundo Mendes, logo que assumir o governo, tomará tais medidas. “No dia 2, irei protocolar na Assembleia Legislativa tanto a lei de alterações no Fethab quanto esta reforma administrativa”, disse, durante evento de diplomação, na noite de segunda-feira (17).

 

Mendes classificou a atitude de Taques como não republicana, mas ponderou que o tucano tem a prerrogativa de tomar a decisão até o dia 31 de dezembro, quando acaba o mandato. “É lamentável. Não é um ato muito republicano, mas ele é o governador até o dia 31 de dezembro e tem a prerrogativa legal de fazer o encaminhamento ou não de projetos de exclusiva competência do Executivo para ser encaminhadas ao Legislativo”. 

 

Conforme já noticiado pelo , a alegação de Taques para não atender à solicitação do sucessor é de que não teve tempo para analisar o projeto da reforma administrativa, entregue em mãos para ele na semana passada e de que não recebeu o projeto do Fethab. 

 

Apesar de não contar com a ajuda de Pedro Taques, Mauro Mendes afirmou que espera receber o apoio dos demais setores do Estado e da sociedade para promover as mudanças que pretende em sua gestão. “Vou precisar da parceria da Assembleia Legislativa, dos nossos deputados que nos representam em Brasília junto ao governo federal. Vou precisar da parceria dos produtores, dos comerciantes, dos servidores públicos, dos trabalhadores, enfim, dos mato-grossenses para que todos nós possamos, juntos, tirar Mato Grosso dessa enorme dificuldade”, afirmou.

 

 

Fethab 2

Conforme o governador eleito, a reformulação do Fethab consiste na junção entre os atuais Fethab 1 (oriundo de contribuições das commodities de soja, algodão, milho, madeira e gado em pé) e Fethab 2 (oriundo de contribuições do diesel). O objetivo é arrecadar ao menos R$ 300 milhões em 2019 para colaborar no equilíbrio das contas do Estado, que, segundo Mendes, já começará o próximo ano com déficit de R$ 1,5 bilhão.

 

A mudança no Fethab prevê o aumento percentual cobrado de todos os setores do agronegócio de Mato Grosso. O valor do aumento ainda não foi anunciado pelo governador eleito. 

Reforma administrativa

 

Com esta medida, Mauro Mendes pretende reduzir de o número de secretarias de 24 para 15, além de extinguir ou fundir inicialmente 7 empresas estatais, o que geraria o corte de cerca de 3 mil servidores comissionados, além de gerar economia nos custos da máquina. Somente o corte de servidores representaria R$ 200 milhões a menos na folha de pagamento do Estado, por ano.

As medidas de fusão ou incorporação a outras pastas envolvem a Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), Companhia Mato-grossense de Gás (MT Gás), Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Empresa Mato-grossense de Tecnologia da Informação (MTI), Central de Abastecimento do Estado de Mato Grosso (Ceasa), Agência de Desenvolvimento Metropolitano da Região do Vale do Rio Cuiabá (Agem) e Agência de Fomento do Estado de Mato Grosso (Desenvolve MT, antiga MT Fomento).

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