Fraudes lideradas por Huark são mais graves que atuação do Comando Vermelho, diz juiz

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Arthur Santos da Silva

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Marcus Vaillant

Marcus Vaillant

O juiz Marcus Faleiros, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, especializada em crime organizado, afirmou que os fatos investigados na Operação Sangria, desencadeado nesta terça-feira (18), por fraudes na Saúde, aparentam ser mais graves do que a atuação do Comando Vermelho (CV) em Mato Grosso.  

 

 

A gravidade está no fato das fraudes causarem mortes. “Da análise dos elementos informativos constantes nos autos, registro que de todos os processos que trabalhei, esses são os fatos concretamente mais graves, talvez, até mais graves que atuação dos membros da facção Comando Vermelho, porque envolvem esquema de corrupção, fraude a licitação em prestação de serviços da saúde pública e lavagem de dinheiro, gerando a morte de pessoas que estão na fila de espera para realização de cirurgia de alta complexidade”.   

 

A Operação Sangria visa apurar esquema para monopolizar a Saúde no estado de Mato Grosso. Os alvos são contratos firmados com as empresas Proclin (Sociedade Mato-Grossense de Assistência Médica em Medicina Interna), Qualycare (Serviços de Saúde e Atendimento Domiciliar LTDA) e a Prox Participações, firmados com o município de Cuiabá e o estado de Mato Grosso.      

 

Foram presos nesta terça o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia, Fábio Liberali Weissheimer, Adriano Luiz Sousa, Kedna Iracema Fonteneli Servo, Luciano Correa Ribeiro, Flávio Alexandre Taques da Silva, Fábio Alex Taques Figueiredo e Celita Natalina Liberali.         

 

Segundo Faleiros, os presos e as empresas agiram “fazendo de conta que estão ofertando serviço de qualidade, quando na realidade estão esgotando o dinheiro público em detrimento dos interesses particulares, fatos extremamente graves, que talvez, nunca foram tratados com esta intensidade, já que outras esferas do direito não foram suficientes para frenar a atuação dos investigados que há anos dominando o mercado de forma ilícita”.   

 

As prisões preventivas foram decretadas  para frenar a atuação do grupo que, segundo os autos, tem forte poder econômico e político. Detenções também levaram em conta a conveniência da instrução criminal, evitando a destruição de provas, intimidação de testemunhas e articulação para enfraquecer as investigações.

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