Fluminense não detalha balanço que revela maior prejuízo do Brasil e pode ter presidente afastado

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Pedro Abad, presidente do Fluminense© Divulgação Fluminense Pedro Abad, presidente do Fluminense

Os clubes brasileiros tinham até às 23h59 desta segunda-feira para publicarem, em seus sites oficiais, os respectivos demonstrativos financeiros referentes ao ano de 2017. Entre as 12 maiores equipes do país, o Fluminense foi o único que descumpriu a legislação. Agora, o presidente Pedro Abad pode ser afastado, e qualquer medida tomada por ele a partir de agora ser considerada nula.

Desde 2003, a Lei Pelé obriga, em seu artigo 46-A, todas as entidades profissionais a publicar os balanços após terem sido submetidos a auditoria independente no próprio site e também da “respectiva entidade de administração”, no caso a FERJ (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro). Até as 12h desta terça, dia 1º de maio, isso, contudo, ainda não aconteceu.

Na tentativa de amenizar o problema, o Fluminense até divulgou um demonstrativo financeiro em seu site às 0h35 desta terça, segundo o portal “UOL”, mas o documento é incompleto: tem apenas duas páginas, e os números estão sob avaliação da auditoria e também do Conselho Fiscal do clube.

Segundo a Lei Pelé, as punições previstas às entidades que violarem o artigo 46-A, como é o caso do Fluminense, são “o afastamento de seus dirigentes” e “a nulidade de todos os atos praticados por seus dirigentes em nome da entidade após a prática da infração” – no caso, a partir desta terça.

A legislação ainda especifica, em seguida: “os dirigentes (…) serão sempre: o presidente da entidade, ou aquele que lhe faça as vezes; e o dirigente que praticou a infração ainda que por omissão”.

ESPN.com.br procurou o Fluminense e o presidente Pedro Abad, que ainda não se pronunciaram sobre o assunto até o momento. O clube deve se manifestar através de nota oficial nesta terça.

Maior déficit do Brasil – O documento que foi divulgado pelo Fluminense não tem informações importantes, como o detalhamento das receitas. É possível saber, porém, que o clube fechou as contas no vermelho, com o maior prejuízo entre as equipes brasileiras: R$ 79,4 milhões.

A receita total tricolor foi de R$ 227,7 milhões. Só que os gastos ultrapassaram os R$ 300 milhões, gerando o resultado negativo. A maior despesa foi com salários, que consumiram R$ 116 milhões.

Além do Fluminense, outros quatro dos 12 grandes fecharam 2017 no vermelho. Nenhum déficit foi tão grande, contudo. O segundo maior déficit foi do Internacional, com R$ 62,5 milhões; seguido por Corinthians (R$ 35,1 milhões), Atlético-MG (R$ 25,1 milhões) e Vasco (R$ 22,9 milhões).

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