Em alta, Clayson esquece polêmica com Felipe Melo e é arma no Dérbi

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Clayson tem apenas 1,66m de altura, mas sua participação nos gols do Corinthians em 2018 é de gente grande. Ele balançou as redes apenas uma vez, mas esteve envolvido em outros cinco dos 11 gols marcados pelo time no Campeonato Paulista. É mais da metade, o que faz dele uma das armas ofensivas para o clássico deste sábado contra o Palmeiras, às 17h, na Arena Corinthians, onde será titular mais uma vez.

Após uma partida na reserva, Clayson voltou a ser titular no último jogo diante do Red Bull Brasil e criou a jogada do gol de empate por 1 a 1. Continuou participativo, sinal de que a saída do time não o afetou. Ele atribui isso à maturidade adquirida no Corinthians, com fatores dentro e fora de campo. Dentro, absorvendo as orientações passadas pela comissão técnica. Fora, à espera do nascimento de seu primeiro filho.

– Quem joga ali na frente, busca sempre participar dos gols. No ano passado, durante o Brasileiro, isso aconteceu e agora tem sido assim também. Procuro trabalhar firme para que possa ser frequente. A gente sabe que nem sempre é possível e acabamos ajudando de outra maneira, mas quem joga neste setor busca ser efetivo com participações, assistências e gols. Mas no Corinthians tem uma divisão boa disso, já que todos têm função de marcar e conseguem chegar efetivamente na frente – afirmou o atacante, em entrevista ao LANCE!.

A onda positiva contribui para o corintiano esquecer o lado polêmico do clássico. No último Dérbi na Arena, ele acabou se envolvendo em confusão com o volante Felipe Melo, que será titular nesta tarde. Clayson não quis comentar sobre o assunto e considera o episódio superado. Há mais de três meses, o palmeirense afirmou ter recebido uma cusparada do corintiano na entrada do vestiário. Felipe, que estava no banco e nem jogou aquele Dérbi, partiu para cima do atacante e arremessou um objeto. Clayson rebateu na ocasião dizendo que volante o persegue desde o Paulista de 2017. Hoje, ele prefere focar nos gols, até porque o Corinthians está precisando.

Dono do terceiro melhor ataque da competição com 11 gols, atrás de Palmeiras (13) e Santos (12), o Corinthians caiu de rendimento nos últimos jogos. Foram duas derrotas e um empate – Santo André (1×2) , São Bento (0x1) e Red Bull (1×1). A sequência ruim fez o técnico Fábio Carille mudar o esquema, voltando ao 4-2-3-1 do ano passado. Para o clássico, o técnico ainda sacou Júnior Dutra, que vinha atuando como centroavante. Aumentou ainda mais a responsabilidade de Clayson no ataque, que fará a linha de frente com Romero. O camisa 25 se diz motivado e não vê a equipe tão mal quanto parece.

– Não acho que tenha caído tanto assim. Na verdade os resultados não vieram nas últimas partidas. Mas não fomos tão mal. Contra o Red Bull criamos chances e levamos o gol já na parte final. Diante do São Bento tivemos oportunidades também, muita posse de bola, mas o gol não saiu. São situações que podem acontecer, de haver uma variação, o que é normal. Foi assim também durante o Brasileiro do ano passado e acabamos campeões. Chegaram jogadores novos, outros saíram, existe uma mudança de esquema, então acaba sendo natural essa variação – analisou Clayson.

Até o momento, o atacante fez um gol, deu duas assistência e criou jogada para outros três gols no Paulista. Ele se ampara nesses números para virar um gigante no clássico. Desta vez sem confusão.

Confira abaixo um bate-papo com Clayson:

O que ainda pode melhorar no Corinthians?

Eu procuro sempre melhorar e corrigir no dia a dia. Sou um cara que ouve muito e isso me ajuda a evoluir. Acho que sempre a gente tem que melhorar. Seja na marcação, no passe, nas finalizações… Sempre dá para buscarmos um algo a mais, ainda mais quando chegamos em um clube como o Corinthians. Temos toda uma estrutura muito boa e grande, então é preciso aproveitar ela ao máximo.

O clássico contra o Palmeiras motiva mais? O Corinthians é favorito?

Apesar de valer os mesmos três pontos, a gente sabe que clássico sempre é diferente. Por tudo que envolve, pela rivalidade, a torcida, ambiente no clube… Não tem como negar que acaba mexendo um pouco, mas a parte da motivação tem que ser igual em todas as partidas. É o nosso trabalho ali e temos que estar sempre motivados. A repercussão é maior e por tudo que envolve acaba sendo diferente. Em jogos assim é complicado apontar favorito. São duas grandes equipes, equilibradas e que chega nessa hora não importa quem está melhor ou pior.

Por que o Corinthians começou bem o campeonato e caiu de produção?

Não acho que tenha caído tanto assim. Na verdade os resultados não vieram nas últimas partidas. Mas não fomos tão mal. Contra o Red Bull criamos chances e levamos o gol já na parte final. Diante do São Bento tivemos oportunidades também, muita posse de bola, mas o gol não saiu. São situações que podem acontecer, de haver uma variação, o que é normal. Foi assim também durante o Brasileiro do ano passado e acabamos campeões. Chegaram jogadores novos, outros saíram, existe uma mudança de esquema, então acaba sendo natural essa variação.

O esquema 4-2-3-1 se encaixa melhor com seu futebol e o time?

Eu procuro sempre me encaixar no esquema proposto e tenho essa facilidade, já que posso fazer a função mais pelos lados ou pelo meio. Então, o que o Carille achar melhor, creio que posso ajudar. Ele tem procurado variar, até para poder também surpreender. É importante termos essas mudanças, pois a temporada é longa, vai haver uma troca constante de jogadores e isso dá mais segurança.

Como assimilou a saída do time na partida contra o São Bento? O que o Carille passou naquele momento?

Ele me passou que naquele momento iria fazer a mudança e aceitei normalmente. Só me passou isso. Neste início ele ainda procura a melhor formação e o melhor esquema, ainda mais com saídas e chegadas de jogadores. Acaba sendo natural haver algumas trocas e todos estão cientes. Cabe a cada um trabalhar, corrigir e dar o melhor para estar pronto quando ele precisar. Como ele mesmo diz, todo precisam se sentir titulares e estarem preparados.

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