Dois anos e sete meses após a Copa do Mundo, Arena Pantanal pede socorro

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Palco de quatro jogos da Copa do Mundo de 2014, construída em uma área de 300 mil metros quadrados, com bosque, lago e uma vista panorâmica de Cuiabá, a Arena Pantanal deixou de impressionar e, agora, apenas decepciona quem utiliza o espaço para passear ou praticar algum tipo de esporte. Hoje, tudo é feito em meio ao lixo.

Muito da sujeita encontrada pelo chão, e no entorno da Arena, se deve a falta de consciência dos usuários, mas também se justifica por não encontrarmos sequer uma lixeira que não esteja danificada.

Além do lixo acumulado, o mato também toma conta do lugar que guarda uma lembrança histórica da Copa do Pantanal, que levou milhares de cuiabanos ao maior evento esportivo do mundo, em 2014.

A esplanada, com 93 mil metros quadrados, deveria abrigar diversos tipos de eventos, mas encontramos apenas vidros quebrados e muitas fezes.

São problemas que se resolvem com uma simples limpeza e manutenção, mas parte da iluminação não funciona porque os refletores estão quebrados e fios expostos se tornaram um risco para adultos e crianças que caminham pelo local.

Em caso de incêndio, a situação fica ainda mais insustentável. As chamadas caixas de incêndio estão violadas e sem mangueiras. Os cadeados nas portas dos banheiros servem para esconder o que deveria funcionar para os usuários.

Os fios também estão expostos e os sanitários sem tampas. Os bebedouros que ficavam na porta foram arrancados por vândalos.

Somente no ano passado, o Governo do Estado afirma ter gasto R$ 6 milhões para manter a Arena Pantanal, enquanto a arrecadação de eventos com o espaço foi de apenas R$ 100 mil, um déficit de R$ 5,9 milhões.

Devido ao abandono, o estádio que custou mais de R$ 600 milhões para receber apenas quatro jogos do Mundial de 2014, nunca foi entregue oficialmente pelo Estado. Atualmente não consegue aumentar a arrecadação porque times de campeonatos da “Série A” se recusam a jogar em Cuiabá devido à falta de segurança e estrutura da Arena.

Outra questão que impossibilita a vinda de times nacionais é o fato dos laudos do Corpo de Bombeiros e da Vigilância Sanitária estarem vencidos. Sem os documentos que garantam a segurança a CBF vetou as partidas.

Outro lado

O Independente pediu esclarecimentos a Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer – responsável pela administração da Arena – sobre o que mostramos na reportagem, mas até a edição da matéria não houve retorno.

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