Capitão, Neymar se cala após vaia, põe fone de ouvido e reacende debate sobre braçadeira

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Ao fim do empate em 0 a 0 com a seleção iraquiana, no último domingo, quando se aguardava o pronunciamento do capitão do Brasil, Neymar, sobre o resultado, nenhuma explicação.

Foi o suficiente para reacender mais uma vez o debate sobre a braçadeira.

Principal jogador do time, o craque do Barcelona preferiu não falar com a imprensa na saída de campo e, ao cruzar a zona mista de entrevistas do estádio Mané Garrincha, em Brasília, preferiu abaixar a cabeça, pôr o fone de ouvido e passar mais uma vez batido a comentar o que aconteceu em campo.

No fim das contas, acabou sobrando exatamente para o nome mais perseguido no gramado pelas vaias, o meia Renato Augusto.

Ao lado do atacante e do goleiro Weverton, do Atlético-PR, o atleta do Beijing Guoan-CHI foi um dos jogadores acima de 23 anos convocados na caça à medalha de ouro.

Coube a ele defender a postura de Neymar.

“Ele é um ser humano. Tem o momento que o cara quer ficar um pouco sozinho. Às vezes, as pessoas não entendem isso”, ponderou o ex-corintiano, em entrevista na zona mista.

“É um momento de refletir, pensar, da gente se fechar como grupo. Se tem alguém que pode resolver isso são os jogadores, junto com a comissão. Temos que nos fechar para vencer e classificar”, concluiu.

Ao longo de sua história com a seleção brasileira, possivelmente a estrela de 24 anos nunca tenha deixado o vestiário em direção ao ônibus da delegação tão rapidamente como na madrugada desta segunda-feira.

Criticado na estreia contra a África do Sul por prender demais a bola e ser ‘fominha’, ele adotou um comportamente diferente diante dos iraquianos, não teve a mesma participação e viu a torcida chamar pelo nome de Marta, destaque da equipe feminina, após repetidas falhas na frente.

No trato com os iraquianos, que se encarregaram de deixar o jogo ainda mais nervoso com a cera, Neymar perdeu também a calma e chegou a discutir por uma suposta falta de fair play adversária.

O anúncio de Neymar como capitão surpreendeu a todos ainda durante a preparação em Goiânia.

Sobretudo, pelo técnico Rogério Micale contar em seu elenco com nomes como o próprio Renato Augusto e os zagueiros Rodrigo Caio e Marquinhos como alternativas.

A seleção olímpica deixa Brasília durante a tarde deste segunda-feira, quando seguirá para Salvador.

Na capital baiana, o Brasil decidira seu futuro nas Olimpíadas contra a Dinamarca, na quarta-feira, na Arena Fonte Nova, às 22h. Para avançar às quartas de final, a equipe precisa de uma vitória simples ou um empate – neste último caso, porém, terá de contar com uma combinação de resultados.

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