Lucas do Rio Verde será sede do primeiro grande evento de discussões sobre a viabilidade da Ferrovia Transcontinental, parceria entre Brasil, China e Peru. O anúncio foi feito hoje (3) pelo prefeito Otaviano Pivetta (PDT) e o vice Miguel Vaz (PPS).
O 1º Encontro Internacional da Ferrovia Transcontinental acontece na quarta (10), a partir das 8h, no auditório da Fundação Rio Verde. O evento faz parte da expedição que sairá no domingo (7) de Porto Velho (RO) e terminará na sexta (12), em Cuiabá.
A bordo do ônibus, o embaixador da China no Brasil, Li Jinzhang e outros 23 empresários do país, percorrerão os municípios de Ji-Paraná e Vilhena (RO); e Comodoro, Campo Novos dos Parecis, Lucas do Rio Verde e Cáceres em Mato Grosso. A comitiva será acompanhada pelos governadores Pedro Taques (PDT), Tião Viana (PT), do Acre; e Confúcio Moura (PMDB), de Rondônia. Senadores e deputados também participam.
Em Lucas do Rio Verde, a previsão é que a comitiva chegue na terça (9), por volta das 20h. O encontro ocorre no dia seguinte e contará com a presença do ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues (PR).
De acordo com Pivetta, o objetivo é oportunizar que o embaixador da China e empresários conheçam in loco o potencial econômico dos Estados. A Ferrovia Transcontinental ou Transoceânica, como também é chamada, ligará os oceanos Atlântico e Pacífico.
“Da forma como está sendo organizada, eu começo a ter a esperança de que o projeto possa sair realmente do papel. Os chineses têm experiência, tecnologia e recursos para a construção de ferrovia”, avalia o prefeito.
Estudos
Os estudos de viabilidade econômica do empreendimento já começaram por meio de um tratado assinado entre os três países, Brasil, China e Peru e devem ser concluídos até o primeiro trimestre de 2016. Com mais de 5,3 mil quilômetros de extensão, o valor de investimento gira em torno de 5 a 12 bilhões de dólares.
Na última semana, Pivetta e Taques estiveram em Brasília, onde se reuniram com o embaixador chinês e ministros. Segundo o prefeito, a preocupação da China é garantir a segurança alimentar da população, hoje estimada em 1, 4 bilhão de pessoas. “Eles veem o Brasil como país estratégico na produção de alimentos. Por isso, têm interesse em investir não somente em logística, mas em fábricas ou parcerias com agricultores para garantir que não falte alimento nos próximos anos”, concluiu. (Com Assessoria)
