Acordo com agronegócio impede Rui Prado de ser vice na base governista

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Welington Sabino/GD


Rui Prado se licenciou da Famato com intenção de disputar um cargo na chapa majoritária pela base governista
Se antes existiam dúvidas e conversas de bastidores acerca de um “acordo de cavalheiros” no segmento do agronegócio para que o presidente licenciado da Famato, Rui Prado (PSD), não aceitasse o cargo de vice-governador pelo grupo governista, agora veio a confirmação. O ex-presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro (PP), já homologado como vice na chapa do senador Pedro Taques (PDT), candidato ao governo pelo bloco de oposição, confirmou que houve o acordo e Prado deu sua palavra. 

De acordo com Fávaro, o setor agro se uniu em prol de um mesmo objetivo que era indicar para vice-governador na chapa encabeçada por Pedro Taques, um representante de todo o setor produtivo. E como parte do acordo, Prado se comprometeu a não disputar o mesmo cargo de vice-governador pela base governista. O motivo é que isso resultaria num racha interno no setor do agronegócio, pois uma parte apoiaria Fávaro no grupo opositor enquanto outra parte iria optar pelo nome de Prado no bloco governista.

As declarações foram dadas por Carlos Fávaro durante a convenção do PP que homologou seu nome como vice de Taques. Ele destacou que confia na palavra de Prado e por isso acredita que ele não será vice pela situação. “O Rui Prado é um grande companheiro, o agronegócio se mobilizou e cumpriu um trabalho que foi oferecido pelo Pedro Taques e um acordo que nós teríamos que ser escolhido como vice do agronegócio. O Rui Prado não seria vice. Eu confio na palavra dele e tenho certeza que ele não fará isso”, disse Fávaro quando questionado sobre tal possibilidade.



Carlos Fávaro confirmou que Rui Prado participou de acordo e se comprometeu a não ser candidato a vice pela chapa governista
“Tenho certeza que ele não vai descumprir o acordo. é claro que ele pode e tem o direito de pleitear alguma outra candidatura, mas vice-governador ele deu a palavra que não seria”, pontuou o ex-presidente da Associação de Produtores de Milho e Soja de Mato Grosso.

O fato é que, apesar de remota tal possibilidade, o nome de Rui Prado ainda é aventado por algumas lideranças políticas da base governista para compor com o ex-vereador Lúdio Cabral (PT) escolhido candidato a governador para suceder Silval Barbosa (PMDB). Em que pese a convenção do PMDB ter oficializado na sexta-feira (27) o nome da deputada estadual Teté Bezerra como candidata a vice-governadora na chapa encabeçada por Lúdio, ainda há possibilidade de substituição, pois a ata ainda está aberta e até esta segunda-feira (30), outro nome pode ser indicado e mudanças devem ocorrer.

No meio político, principalmente nos bastidores, o nome de Teté não é bem avaliado para ser a vice de Lúdio em virtude de sua atuação como parlamentar e também como secretária estadual de Turismo. Ela esteve ¨¤ frente da Pasta por 2 anos e 4 meses e em maio de 2013 deixou a secretaria sob críticas reassumindo uma cadeira na Assembleia Legislativa.  

No caso de Rui Prado, que vinha demonstrando interesse na vaga ¨¤ Senatória, além do acordo que Fávaro garante que ele firmou perante o setor do agro, outro fato que praticamente o descarta como possível vice no grupo da situação é que o PSD está muito próximo de deixar a base governista e encabeçar uma terceira via, tendo o deputado estadual José Riva, principal liderança do partido em Mato Grosso, como candidato a governador. Riva sinaliza que está mesmo disposto a ser candidato e, dessa forma, existe a possibilidade de Prado disputar outro cargo na chapa que já recebeu o apoio do Solidariedade (SD) e dos partidos nanicos PTC, PEN, PT do B, PRTB e PTN que juntos integram o chamado grupo dos 5 (G-5). Todos eles estavam quase fechando apoio a Pedro Taques, mas preferiram apoiar Riva. 

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