Para recuperar economia, Obama terá que enfrentar rivais no Congresso

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi reeleito na última terça-feira (6), em uma eleição que marcou a crescente participação dos negros, das mulheres e dos hispânicos. Depois da acirrada disputa com o rival republicano, Mitt Romney, o líder democrata terá mais quatro anos na Casa Branca para continuar suas reformas.

 

Apesar da larga vitória contra o adversário republicano Mitt Romney — 303 votos contra 206 no Colégio Eleitoral — Obama não terá um mandato fácil pela frente. Durante o primeiro mandato à frente dos Estados Unidos, o democrata teve uma difícil relação com o Congresso (formado pelo Senado e câmara dos representantes), responsável pela aprovação de mudanças de leis propostas pelo presidente. Com maioria republicana, a câmara dos representantes (equivalente à câmara dos deputados) não aprovou diversas ideias do democrata, que foi criticado pela incapacidade de garantir o consenso político para articular seus projetos reformistas.

 

Dessa forma, a relação entre Obama e o Congresso será o maior desafio do presidente em seu segundo mandato, na opinião de especialistas entrevistados pelo R7. Gunther Rudzit, professor de Relações Internacionais das Faculdades Rio Branco, acredita que o maior desafio de Obama será chegar a uma harmonia sobre o orçamento do país juntamente à camarada dos representantes.

 

— Até o fim do ano o desafio será negociar os acordos ligados ao orçamento americano. Com esse Congresso que está em atuação, vai ser difícil.

 

Segundo Rudzit, o governo Obama já anunciou que já vai começar a buscar a negociação com as duas casas que formam o Congresso, na tentativa de “evitar o chamado abismo fiscal nos Estados Unidos”. Para o professor, será possível observar a postura do Congresso “já nas próximas semanas”.

 

 

Para Guilherme Casarões, professor de Relações Internacionais das Faculdades Rio Branco, o “abismo fiscal” realmente é uma das maiores preocupações de Obama.

 

Por isso, Casarões acredita que “o maior desafio continua sendo recuperar a economia” do país. Segundo o professor, a recuperação “foi a grande promessa do primeiro mandato, cuja realização deu-se somente em parte”.

 

De acordo com o professor, apesar de ter conseguido evitar que os Estados Unidos amargassem uma longa depressão, Obama ainda tem que melhorar as taxas de desemprego e renda do país.

 

— A relação com o Congresso será um ponto crucial a ser desenvolvido no início deste segundo mandato.  As circunstâncias exigirão uma longa negociação bipartidária [entre Democratas e Republicanos] para que se possa evitar que a população seja penalizada com mais impostos e menos programas sociais.

 

A mensagem de esperança presente na campanha de Obama em 2008, que ficou conhecida pelo slogan Yes, We Can (Sim, nós podemos, em tradução livre), já não tem o mesmo efeito entre os americanos, segundo Casarões.

 

— O desafio é construir, de maneira pragmática, um futuro próspero para uma nação dividida.

*Giovanna Arruda, estagiária do R7

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