Cheque especial sai até 50% mais caro que empréstimo. Veja custo por banco

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O consumidor deve buscar a modalidade mais vantajosa na hora de pegar dinheiro emprestado: a diferença entre a taxa do empréstimo no banco e a do cheque especial pode chegar a 49,6%, como aponta a última pesquisa realizada pela Fundação Procon-SP.

A diferença foi verificada neste mês entre o maior valor cobrado por um empréstimo e a taxa de cheque especial mais cara. No quadro abaixo, saiba quanto pagar por modalidade de crédito de acordo com a instituição financeira.

No caso de um empréstimo contratado para 12 meses, o maior juro mensal apurado foi de 6,62%, no Itaú-Unibanco. E no caso do cheque especial, para utilização em 30 dias, a taxa mais alta foi encontrada no banco Santander, de 9,91%. 
 

Se o crédito contratado vier na forma de empréstimo, os clientes da Caixa Econômica Federal têm mais vantagem: a taxa mensal é de 3,88%. 

A instituição financeira é também a responsável por cobrar os menores juros na utilização do cheque especial: 4,27% ao mês. 

As taxas praticadas atualmente são resultado da política de derrubada dos juros iniciada em maio, quando os principais bancos de varejo reduziram os valores cobrados para incentivar a contratação de crédito. 

Isso foi possível porque a taxa básica de juros (Selic), definida pelo Copom (Comitê de Política Monetária) tem sofrido reduções consecutivas e chegou ao menor patamar da história, de 8% ao ano.

Porém, a Fundação Procon-SP ressalta que essas reduções ainda têm pouco impacto no bolso do consumidor. A recomendação, portanto, é manter a cautela. 

— O consumidor deve evitar novos empréstimos, especialmente na modalidade cheque especial, que é o que vem apresentando as maiores taxas. O momento é ideal para priorizar o acerto de débitos e evitar o acúmulo de dívidas.

Todas as taxas apuradas correspondem aos valores máximos para clientes não-preferenciais; ou seja, vale conversar com o gerente do banco para conseguir juros mais baixos. 

Outro lado

Segundo informou a Caixa Econômica Federal, o banco, responsável pelas taxas mais baixas dentre as instituições pesquisadas, está sempre buscando repassar aos clientes as melhores condições. 

Já o Banco do Brasil informa que “avalia permanentemente as taxas de juros e o cenário”.

O HSBC pondera, também por meio da assessoria, que atribui as taxas em função do relacionamento que o cliente possui com o banco. Os juros publicados são tidos como referência e variam de acordo com a evolução do mercado financeiro.

O relacionamento com o cliente é também o critério para definição das taxas no Bradesco, conforme informação da assessoria. 

Os demais bancos — Itaú-Unibanco, Safra e Santander — não comentaram o assunto até a publicação desta reportagem. 

Nova taxa básica de juros

Na próxima quarta-feira (29), o Copom irá decidir a nova taxa básica de juros (Selic), atualmente em 8% ao ano. 

A Selic é um instrumento do governo para segurar a oferta de crédito de bancos, financeiras e das próprias lojas, ou seja, para estimular ou frear o consumo e, assim, controlar o avanço natural dos preços. 

Quando a taxa básica sobe, o dinheiro fica mais caro e a população pega menos empréstimos — para comprar desde casas, carros e eletrodomésticos até contratar serviços, entre outros. Assim, a escalada da inflação diminui.

 

Diferença entre juros de cheque especial e empréstimo chega a 49,6%
Compare as taxas* praticadas em cada banco
Instituições financeiras Empréstimo** Cheque especial***
Banco do Brasil 4,27% 5,70%
Bradesco 6,23% 8,82%
Caixa Econômica Federal 3,88% 4,27%
HSBC 5,93% 9,89%
Itaú 6,62% 8,81%
Safra 4,90% 8,80%
Santander 5,91% 9,91%
*Taxas máximas apuradas pela Fundação Procon-SP no dia 2 de agosto
**Considerando um contrato de 12 meses
***Considerando a utilização por 30 dias

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