Cristianne Fridman fala sobre Andrea e Regina: “o HIV não será a sentença de morte delas”

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Munir Chatack/ RecordMunir Chatack/ Record
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Andrea (Simone Spoladore), Cleber (Sandro Rocha), Regina (Beth Goulart) e Lucas (Marcos Pitombo) estão em uma situação complicada na trama de Vidas em Jogo.Ambos fazem parte do núcleo da novela que, por causa de situações diversas, convivem com o vírus da Aids.

Segundo dados do último balanço sobre a doença divulgados na última segunda-feira (28) pelo Ministério da Saúde sobre o ano de 2010, a mortalidade em decorrência da Aids está em queda no Brasil mas, a doença ainda mata cerca de 30 brasileiros por dia.

Através da história dos personagens, Fridman retrata na novela uma realidade presente na vida de muitos brasileiros, que sofrem de formas diferentes com a notícia de que são soropositivos e terão de lidar com a doença durante toda a vida.

-Dois pontos são fundamentais: existem muitas pessoas que recusam o tratamento, principalmente os jovens. Isto é lamentável, pois podem morrer porque simplesmente não querem se tratar!, afirma.

Esse é exatamente o caso de Regina, personagem interpretada pela atriz Beth Goulart. Sua personagem descobriu de uma forma brusca que, através de Cleber, seu companheiro, foi contaminada pelo vírus HIV.

-Outro ponto é que maridos escondem de suas esposas que estão contaminados e elas geralmente só descobrem por acaso ou quando a doença se manifesta. Isto, agora, é considerado crime, continua Fridmann.

E, ao mesmo tempo em que descobriu ser soropositivo, Regina descobriu uma grande decepção em Cleber: para a personagem, ele a condenou à morte. Ela teve a pior reação possível após a descoberta e deverá até recusar o tratamento com coquetel de medicamentos nos próximos capítulos.

Já Andrea, interpretada por Simone Spoladore mostra outro lado da história. A personagem vai se tratar com o coquetel, mas, ao mesmo tempo, não consegue lidar emocionalmente com o fato de estar contaminada e poder passar o vírus adiante.

-Nunca escolho um tema para se encaixar ao personagem, afirma Cristianne Fridman, autora da novela.

Para ela, é o (a) personagem que dá a oportunidade de determinados temas seremabordados:

-Quando Andrea foi estuprada pelo Cleber achei que seria interessante ele a ter contaminado e, por conseguinte, a Regina também estar com o HIV, conta.

Na trama, os personagens tem o seu próprio caminho a traçar. A autora adianta que, o HIV nada tem a ver com a sentença de morte de Andrea e Regina, mas sim, o jogo em que estão envolvidas:

 

 

-Andrea e Regina entrarão em uma disputa de vida e morte que nada tem a ver com o fato de serem soropositivas. O HIV certamente não será a sentença de morte delas, mas o jogo no qual ambas estão mergulhadas, que é o do prêmio da loteria.

E certamente não é sentença na vida de muitas pessoas que passam pelo problema como as rivais de Vidas em Jogo. Sobretudo, Cristianne afirma que, fundamental para que haja uma maior conscientização da população é falar sobre o tema, e não tratá-lo como uma espécie de “tabu”.

-Acho que informação é fundamental para conscientizar a população sobre HIV, dengue, crack, o que seja, finaliza a autora.

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