Nando Reis explora infância em disco com versões de Roberto

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Álbum Não Sou Nenhum Roberto, Mas Às Vezes Chego Perto sai nesta sexta (19), dia do 78º aniversário do Rei

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Nando Reis chega perto de Roberto com versões

Nando Reis chega perto de Roberto com versões

Divulgação: Jorge Bisbo

Ao gravar o disco Não Sou Nenhum Roberto, Mas Às Vezes Chego Perto, Nando Reis resolveu homenagear não só o Rei, que completa 78 anos em 18 de abril (data de lançamento do álbum), mas também trazer para as músicas arranjos inspirados em outros artistas que fizeram a cabeça do eterno titã na juventude.

Dessa maneira, o hit católico Nossa Senhora busca influência em Valsa, de João Gilberto. Guerra dos Meninos resgata Wigwam de Bob Dylan e Me Conte a Sua História, é declaradamente inspirada na black music de Isaac Hayes. “Eu relaciono Roberto Carlos com tudo que me influencia. Queira ou não, por meio dele e do Erasmo muitos da minha geração se interessaram por rock, guitarras elétricas e música estrangeira. Esse é o grade legado da Jovem Guarda”, analisa Nando.

Ao lado do produtor Pupilo e do diretor musical Marcus Preto, ele vasculhou a própria formação musical e todas as fontes de influência dos primeiros anos de vida para esse álbum celebratório.

E não só isso. O ex-titã esteve em contato com músicas que já haviam ficado no passado e discos que foram até ressignificados nessa pesquisa. “O disco de 1971 tem uma grande importância na minha vida e tem pérolas como Todos Estão Surdos e Debaixo dos Caracóis de Seu Cabelo, enquanto o de 78 tem Lady Laura e Café da Manhã. Os dois são cruciais na minha vida. É por isso que minha escolha foi puramente emocional ao escolher o que gravaria”, admite.

Capa do disco em homenagem ao Rei

Capa do disco em homenagem ao Rei

Divulgação

Outro fator levado em conta foram as melodias, que são protagonistas também na obra autoral do músico. “É inegável que trata-se da espinha dorsal da minha carreira solo e no disco não poderia ser diferente. Fui fiel às originais do Roberto. Não queria subvertê-las, mas preferi ousar na instrumentação e timbres”, revela.

Embora haja certa ousadia ao mexer na forma como as músicas soam, Nando admite que o conceito sonoro do CD não terá como ser transferido aos palcos. Nos shows, ele não levará uma banda que contemple a grandiosidade do que foi feito em estúdio. “Eu vou para estarda com quatro músicos e agora o Pupilo entrou para a minha banda, na bateria. Nas apresentações, vai soar mais parecido com minha carreira solo mesmo”, anuncia.

Chegou perto de ser um Roberto?

Nando não nega que o título do álbum possa parecer arrogante à primeira vista e para aqueles desavisados que não conhecem a música Nenhum Roberto, composta por ele em 1994, e gravada por Cassia Eller.


Mas para o músico, a intenção na elaboração da frase era soar de forma jocosa e divertida. “Eu estava numa fase da carreira em que gostaria de ser um cantor popular e sofisticado, como o Roberto. Só que isso foi há 25 anos. Eu ainda estava longe der ser o Nando de 2019, imagina de ser o Roberto?”, avalia. “Pode parecer estranho fazer versões, mas elas servem para formar um critério de linguagem. Foi assim que o Titãs começou, com versões. E foi assim que eu evoluí também”, conclui.

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