Maggi ‘afaga’ Taques e diz que ser alvo de delação é dolorido

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Karine Miranda

João Vieira

João Vieira

Com experiência de ter o nome envolvido em delações premiadas, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, avaliou que essa é uma situação muito “dura e dolorida”, mas disse que o governador Pedro Taques (PSDB) terá a oportunidade de se defender das acusações.

 

 

Taques é um dos principais alvos da delação do empresário Alan Malouf, sócio do Buffet Leila Malouf, homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No documento, o empresário narrou diversas situações envolvendo supostos crimes de caixa 2, esquemas e pagamento de propina durante a gestão do tucano.

 

Para Maggi, a citação de Taques não significa que ele é culpado, uma vez que a apresentação de provas cabe ao delator. Maggi, inclusive, mencionou sua própria história como exemplo. Ele foi citado nas delações do ex-governador Silval Barbosa (sem partido) e dos empresários da Odebrecht, João Antônio Ferreira e Pedro Augusto Leão.

 

“Eu já fui citado, fui vitima, fui inocentado, tenho coisa para responder. Tudo isso é muito preocupante, porque na medida em que o tempo passa, as coisas vão sendo colocadas de forma diferente. Às vezes, eu já percebi isso, reuniões que você tem com um intuito, servem para te acusar ou para te defender, dependendo do ponto de vista de cada um”, disse o ministro, nesta segunda-feira (22).

 

Na delação de Silval, Maggi foi acusado de diversos esquemas de corrupção, além de ter participação em um suposto esquema para compra de vagas de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado (TCE). Já na delação dos empresários, ele teria recebido R$ 12 milhões durante sua campanha à reeleição, em 2006.

 

“O fato é que tem uma delação e aqueles que foram colocados deverão fazer suas defesas. Mas, mais importante, ao acusador cabe o ônus da prova. Deve haver inquérito, investigação e no final, como aconteceu no meu caso, podem dizer que não há elementos de prova e encerra. É duro, dolorido, mas é o que temos”, encerrou.

 

As delações que envolveram Maggi foram citadas pelo ministro como justificativa para que ele se desligasse da política, o que deve ocorrer já no próximo ano. (Colaborou Pablo Rodrigo)

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