Blairo admite que delação de Silval o fez desistir de vida pública

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Celly Silva, repórter do GD


O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi (PP), admitiu que o fato de ter sido citado na delação premiada do ex-governador Silval Barbosa no âmbito da operação Ararath, no ano passado, foi um dos pontos que o levaram a desistir de seguir na vida pública, que ele pretende encerrar em dezembro, com o fim do mandato do presidente Michel Temer (MDB).

“Não podemos esconder que a própria delação do Silval é uma coisa que acabou judiando muito e que fez com que eu repensasse muito se vale a pena ou não vale a pena fazer todo esse enfrentamento e estar na política como eu estava. E a conclusão foi que não. Deixa eu ficar de fora, vamos resolver os problemas e seguir em frente”, disse durante sua participação no evento “Ferrovias: o Brasil passa por aqui”, na Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (6).

Marcus Vaillant

Ministro Blairo Maggi


O ministro avaliou que, nos últimos anos, a política “tem sido muito depreciada” e que isso acaba afetando sua vida empresarial.

“Pra quem tem negócios, uma empresa, como eu, que está inserida não só no Brasil, como fora do Brasil, isso tem criado muitas dificuldades pra se movimentar. Hoje você tem uma chamada PPE – pessoa politicamente exposta. À medida que você está em um cargo público, você aumenta o grau de exposição e o grau de risco, o que é natural. Então, em função de tudo isso, depois de 16 anos na vida pública, eu pretendo encerrar. Não vou dizer que nunca mais volto, mas nesse período quero efetivamente estar afastado”, afirmou.

Blairo também ressaltou que a convivência familiar do político fica prejudicada, chegando a passar dias sem ter contato, o que também é “muito desgastante”.

Questionado se o ano de 2017 foi o pior de sua carreira política, pelo fato de ter sido citado por delatores das operações Laja Jato e Ararath e ainda sofrer o impacto da operação Carne Fraca, todas da Polícia Federal, Blairo Maggi afirmou que os problemas na vida pública ocorrem todos os dias.

“Eu tenho até dezembro pra ficar no ministério e acho que muitos problemas vão surgir ainda. Temos muitas investigações em andamento lá no ministério, tem uma série de coisas que têm que ser levadas adiante. Eu brinco que meu pacote de velas está quase acabando. Não se pode comemorar uma coisa boa, que no outro dia já vem problemas”, disse.  

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