Ex-governador Silval reconhece promissórias achadas em gabinete no TCE

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Pablo Rodrigo, repórter de A Gazeta


João Vieira

Ex-governador prestou depoimento no MPF e reconheceu as promissórias encontradas no TCE

O ex-governador Silval Barbosa reconheceu as promissórias encontradas no gabinete do conselheiro afastado, José Carlos Novelli. A declaração foi dada no último dia 17 de maio em novo depoimento ao Ministério Público Federal (MPF). Ele ratificou o que havia dito em sua delação premiada homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado. Porém, Silval corrigiu os valores que tinha dito antes, que eram aproximadamente R$ 2,8 milhões e R$ 1,1 milhão.

Silval também retificou a declaração de que tinha feito uma pequena marca de caneta com a inscrição ‘TC’, significando Tribunal de Contas, sendo o ‘T’ um ponto embaixo da letra T da inscrição ‘Tilibra’ (no canto direito da nota promissória), e o ‘C’ um ponto embaixo da letra C da inscrição’Corrente’”, diz trecho do seu novo depoimento.

Segundo ele, não se recorda se também teria feito as marcas nos cheques emitidos aos conselheiros, que pertenciam ao empresário Genir Martelli, e que por isso teria solicitado que, em sua delação, constasse a expressão “salvo engano”.

O ex-governador também disse que a confusão se deu pela “complexidade dos fatos, pela quantidade dos títulos de crédito utilizados para pagamento da propina”.

Sílvio Cézar Corrêa também prestou depoimento junto ao MPF. O ex-chefe de gabinete de Silval reconheceu as duas promissórias e revelou como elas foram preenchidas. Ele disse que as promissórias foram preenchidas pela ex-assessora de Silval, Michelly Fernanda Melchert.

Na mesma data, a ex -assessora também declarou ao MPF que a letra que consta nas promissó- rias é sua e afirmou que preencheu diversas notas promissórias a pedido de Sílvio Corrêa.

Silval afirma, em sua delação, ter emitido 36 promissórias para Novelli. Segundo o ex-governador, Novelli teria o procurado para informar que os conselheiros estariam “contrariados” com as obras da Copa do Mundo e do MT Integrado, que asfaltava e recuperava rodovias estaduais.

“Ele (Novelli) criou uma série de obstáculos para pedir propina“, diz trecho da delação. Silval ainda conta que os conselheiros teriam exigido R$ 70 milhões para liberar e aprovar as obras, mas o valor final teria ficado em R$ 53 milhões, para serem pagos em 18 meses.

Reprodução

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