Tucanos apostam em ‘rachas’ para manter aliados e fortalecer reeleição de Taques

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Pablo Rodrigo, repórter de A Gazeta


Otmar Oliveira

Após uma onda de rompimentos que fez com que o governador Pedro Taques (PSDB) perdesse uma série de aliados, o PSDB aposta na divisão interna de vários partidos para reconquistar parte do apoio que o tucano tinha e, dessa forma, fortalecer o projeto de reeleição ao Palácio Paiaguás.

De acordo com presidente do PSDB em Mato Grosso, Paulo Borges, mesmo com as saídas do PSD, PP e PTB da base do governo tucano, a legenda mantém “as portas abertas” para o retorno de, pelo menos, alguns dos filiados nesses partidos. “A gente tem trabalhado com a divisão interna. Eles estão muitos divididos e, diante disso, não estamos fechando as portas para ninguém”.

Borges sustenta que a estratégia tem dado certo. “O PSD mesmo: quatro dos cinco deputados estaduais e mais 20 prefeitos estão conosco e já renovaram esse apoio. O PP também. Muitos que estão lá querem que o partido siga com a gente. No PTB, a mesma coisa”, revela.

“E nós, é claro, estamos nos aproximando e estreitando as relações com essas lideranças, que divergem do que a direção está sinalizando, que é a oposição”, completa.

O presidente estadual também não descarta uma possível negociação em nível nacional entre as legendas, porém, diz que isso será discutido mais à frente, ficando sob a responsabilidade da direção nacional. “No momento certo, esse assunto deve ser debatido lá. Preferimos resolver por aqui, mas acontece. Muitas vezes, o acordo vem de cima”.

Já para os presidentes estaduais do PP e do PSD não existe nenhum diálogo para que o apoio nacional seja verticalizado nos estados. Segundo o ex-vice-governador Carlos Fávaro, presidente do PSD em Mato Grosso, o assunto já foi debatido com o presidente nacional da sigla, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab.

“A tendência do PSD, nacionalmente, é apoiar a candidatura do Geraldo Alckmin (PSDB) para a presidência, mas o Kassab já disse que os Estados estarão liberados para fazer as suas próprias composições, como é o caso de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul”.

Deputado federal e presidente do PP no Estado, Ezequiel Fonseca diz que a decisão tomada pela sigla semanas atrás, definindo que os progressistas serão oposição ao governador Pedro Taques, foi comunicada e acatada pelo presidente nacional, o senador Ciro Nogueira (PP-PI).

“Para definir isso, eu conversei com o nosso presidente e ele autorizou realizar uma votação para definir os rumos do PP em Mato Grosso. A nossa decisão foi tomada e a direção nacional já sabe disso. Qualquer outro assunto é fofoca”, disparou.

PP, PSD e PTB têm se aproximado da pré-candidatura do senador Wellington Fagundes (PR) ao governo. Já o PSDB conta com o apoio do PSB, PPS, Solidariedade e Patriotas. 

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