Selma Arruda enfrenta divergências dentro do PSL

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A Gazeta


Ainda iniciando a vida político-partidária, a juíza aposentada Selma Arruda já começou a lidar com as primeiras divergências internas do PSL, partido no qual se filiou para disputar o Senado nas eleições de outubro deste ano.

Chico Ferreira

Selma Arruda

Partidários aliados da legenda e até lideranças políticas do próprio PSL, que estão construindo a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República, avaliam que Selma poderia contribuir muito mais com o projeto da legenda se fosse candidata a vice-governadora, na chapa encabeçada pelo ex-prefeito de Sorriso, Dilceu Rossato (PSL).

“Com ela de vice, a candidatura do Rossato ganharia força na Baixada Cuiabana e, consequentemente, fortaleceria o palanque do Bolsonaro no Estado”, disse um dirigente que não quis se identificar.

Selma, porém, rechaça a possibilidade. “Não tenho aptidão para um cargo executivo e não tenho aceito essa proposta”, diz. “Nesse ponto, não sou soldado de partido para aceitar e dizer que pelo partido farei. Eu faço as coisas de acordo com a minha capacidade”, completa a juíza.

Segundo Selma, o convite para que fosse candidata a vice partiu do próprio Rossato, antes mesmo de sua filiação. “Eu já deixei claro que deixo meu nome à disposição para a disputa de um cargo legislativo. E olha que não tenho vaidades de falar que tem que ser Senado. Pode ser para deputada também, sem problemas”, pondera a juíza.

Rossato confirma existir essa avaliação dentro do PSL, mas sustenta que respeitará a decisão de Selma. “Ela não quer e já deixou claro. Eu respeito, mas adoraria ter ela como vice”, revelou.

Nos bastidores, a informação é de que algumas pessoas do próprio PSL defendem o nome de Nelson Barbudo (PSL) para disputar o Senado no lugar de Selma. Nelson se tornou “celebridade da internet” no passado, após gravar um vídeo rebatendo declarações do ex-ministro Antônio Pallocci e obter milhares de visualizações. Ele é considerado o principal defensor das ideias e da plataforma política do presidenciável Bolsonaro.

Outros acreditam que as impos ções feitas pela juíza aposentada para sua campanha, poderão dificultar algumas alianças. Para essa ala do PSL, com Selma de vice, seria aberta mais uma vaga para trazer outras legendas para o palanque de Rossato, já que uma das vagas ao Senado ficará com José Medeiros, do Podemos, que tentará a reeleição.

A saída de Selma da disputa ao Senado, também poderia favorecer Medeiros, já que alguns avaliam que a campanha da juíza poderia ofuscar a candidatura do senador.

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