Da expulsão boba em clássico aos elogios 1.071 dias depois: como Sheik reencontrou a Libertadores

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Emerson Sheik tenta passar por Andres Cadavid (e) and Felipe Banguero (d) em Millonarios x Corinthians pela Libertadores© Getty Emerson Sheik tenta passar por Andres Cadavid (e) and Felipe Banguero (d) em Millonarios x Corinthians pela Libertadores

Quando o assunto é Emerson Sheik e Copa Libertadores, a lembrança para o torcedor do Corinthians é óbvia. A última memória que o atacante havia deixado no clube pela competição, contudo, não foram os gols na final contra o Boca Juniors em 2012, mas sim uma expulsão em clássico contra o São Paulo em 2015. Na quarta, exatos 1.071 dias depois, ele retornou ao torneio.

Foram apenas 26 minutos em campo no empate em 0 a 0 com o Millonarios, na estreia alvinegra em 2018. Segundo números do Trumedia, banco de dados exclusivo dos canais ESPN, Sheik deu só 11 toques na bola, com quatro passes certos, mas foi suficiente para ganhar elogios. Fábio Carille, por exemplo, gostou do que viu e comemorou a estratégia traçada para o veterano.

“O Sheik sabemos o que pode dar, ficou um bom tempo parado, por isso colocamos aos poucos nos jogos. Os jogos-treinos que fizemos foram para ele principalmente e hoje entrou muito bem e nos ajudou a conquistar esse ponto”, avaliou o técnico, em entrevista coletiva, na Colômbia.

Desde a chegada de Sheik, jogador mais velho a vestir a camisa do Corinthians, aos 39 anos, a comissão técnica tem mostrado preocupação com o atacante, já que seu contrato é curto, somente até julho. Para ele ganhar ritmo mais rápido, os reservas já fizeram três jogos-treinos desde o início da temporada, contra Nacional-SP, Atlético-PR e Red Bull-SP, todos com a presença do atacante.

Na estreia na Libertadores, Sheik entrou aos 24 minutos do segundo tempo, no lugar de Mateus Vital. Em seu melhor momento em campo, tabelou com Jadson, que ficou em boa condição para marcar, mas acabou chutando para fora. “Estou feliz porque entrei hoje e até recebi alguns elogios”, disse o veterano em entrevista ao “Sportv”, também após o duelo em Bogotá.

Satisfeito com o desempenho, Sheik também reconheceu que tem um carinho especial pelo torneio sul-americano. “Eu gosto da Libertadores e de jogos difíceis. Não só Libertadores, mas também regional e nacional. Eu gosto desses jogos”, afirmou ele, que se acostumou com o protagonismo com a camisa alvinegra e hoje vive situação diferente, como coadjuvante do elenco.

“O importante é cada atleta entender que tem que dar sua parcela de contribuição, lembrando que nos títulos do Corinthians não tinha nenhuma estrela. Quando o atleta tiver oportunidade de entrar, tem que colaborar”, avaliou.

Dos tempos de maior protagonismo, Sheik foi um dos heróis do único título corintiano da Libertadores, com os dois gols da vitória por 2 a 0 sobre o Boca na final de 2012. No total, o jogador tem 29 partidas no torneio sul-americano, em cinco edições diferentes – 2012, 2013, 2015 e agora 2018 pelo Corinthians e apenas 2011 (com somente dois jogos) pelo Fluminense.

Até esta quarta, a última aparição de Sheik na Libertadores havia sido em 22 de abril de 2015, contra o São Paulo no Morumbi, na última rodada da fase de grupos. Ele acabou expulso com apenas 19 minutos de bola rolando, em lance bobo, após passar o pé em Rafael Tolói. Como pegou três jogos de suspensão e o Corinthians foi eliminado já nas oitavas de final, o atacante não jogou mais

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