Habemus eleições. No final da tarde desta terça-feira, o São Paulo derrubou a liminar que o impedia de realizar o pleito para a eleição do novo presidente, com mandato até abril de 2017. A informação foi dada pelo UOL e confirmada pelo ESPN.com.br com pessoas ligadas ao clube do Morumbi. A votação ocorrerá normalmente a partir das 19h (de Brasília).
As eleições são-paulinas, convocadas há pouco mais de uma semana, ficaram ameaçadas desde a noite da última segunda-feira. Conselheiro vitalício do clube do Morumbi, Francisco de Assis Vasconcelos Pereira Silva entrou com uma liminar que impedia a realização do pleito que irá eleger o substituto de Carlos Miguel Aidar.
Entretanto, horas depois de a liminar chegar ao conhecimento do clube, o próprio São Paulo já se mostrava confiante em derrubá-la. A confiança se apegava ao processo conduzido pelo presidente-interino e também candidato Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco – a diretoria provisória procurou realizar o pleito de ‘emergência’ dentro de todos os detalhes estipulados no estatuto são-paulino.
Além de Leco, que contará com o apoio de Paulo Amaral – membro da oposição, declarou ao ESPN.com.br voto no candidato da ‘situação’ -, a eleição no São Paulo contará com mais um candidato: Newton Luiz Ferreira, o ‘Newton do Chapéu’, que, mais cedo, se mostrava conformado com o adiamento do pleito em virtude da liminar.
“Se a liminar for mantida, estou convocando uma convenção para o dia 3 para conversarmos sobre a possibilidade de candidatura única. Caso haja necessidade, até abro mão da minha candidatura”, disse Ferreira, em contato mais cedo com a reportagem.
O candidato da oposição reclama o fato de a rápida eleição – apenas 14 dias após a renúncia de Aidar – dificultou qualquer trabalho de campanha.
Com a liminar derrubada e conformado, Newton já adotou outro discurso. “Agora vamos disputar a eleição. Nós fizemos aquilo que achavamos correto. Agora é concorrer”, disse à reportagem no Salão Nobre do Morumbi, local no qual os conselheiros se reunião para a votação desta noite de terça-feira.
Já Leco, favorito na eleição desta noite, se mostrou aliviado com a queda da liminar. “Prestaram um desserviço ao São Paulo. Estatuto diz que tem que marcar até em 30 dias, e marcamos em 14. São Paulo é muito grande para ter um presidente interino, não pode um clube desta grandeza ser administrado desta forma”, falou.
O processo de transição política no São Paulo começou com a renúncia de Carlos Miguel Aidar, ocorrida no último dia 13. Acusado de desviar dinheiro do clube, o ex-mandatário se viu pressionado, especialmente depois das declarações de Ataíde Gil Guerreiro – o atual vice afirma possuir gravações que incriminam o antigo dirigente máximo do clube -, e abandonou o cargo.
Leco, então presidente do Conselho, assumiu como presidente-interino e convocou o novo pleito no último dia 16, por intermédio de um comunicado no jornal Estado de S.Paulo – o estatuto do São Paulo exige o anúncio de novas eleições em uma publicação externa (no caso, o jornal), oito dias antes da votação.