ENERGIA Usuários são contra aumento

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Aumentar a conta de luz para controlar o consumo de energia elétrica está fora de cogitação para a população, que está disposta, no entanto, a pagar mais pelo melhor uso da energia produzida. Isso poderia ser feito com o incentivo ou até a criação de leis que obriguem a fabricação de eletrodomésticos com eficiência energética, que evitem o desperdício, mesmo que sejam mais caros.

As opiniões dos brasileiros a respeito das políticas energéticas no país fazem parte da pesquisa do DataSenado realizada em parceria com a Universidade de Columbia (EUA) e divulgada nesta quarta-feira (22) na reunião da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI).

A pesquisa revelou ainda que 85% dos cidadãos concordaram total ou parcialmente que o Brasil invista mais em fontes de energia renováveis como a eólica e a solar. Parte dos entrevistados (43%) apoia total ou parcialmente que as empresas de energia pertençam ao governo, em vez de pertencerem à iniciativa privada. A oposição a esse fato, também total ou parcial, alcançou 38% dos entrevistados; 16% nem apoiam nem se opõem e 2% não souberam ou não quiseram responder.

Em relação ao governo ser o responsável por fixar os preços de energia, e não as empresas privadas, 37% se opuseram total ou parcialmente, 47% manifestaram apoio total ou parcial e 14% disseram não apoiar nem se opor. Conforme a pesquisa, observa-se que entre os respondentes mais jovens (de 16 a 19 anos), o apoio a essa responsabilidade do governo, de 31%, é menor que nas demais faixas etárias.

Para o presidente do Conselho dos Consumidores de Energia Elétrica de Mato Grosso (Consel), Marco Antônio Guimarães Jouan, a falta de planejamento do governo contribuiu para elevação do custo da energia. A falta de “sorte”, ou melhor, de chuvas, somada ao atraso na entrega de obras de geração e distribuição, e às ações necessárias como a aplicação da bandeira tarifária (prevista para 2013) agravaram o quadro. “Se as medidas tivessem sido tomadas alguns anos atrás, outras medidas (aumento) poderiam ter sido evitadas. Os reflexos dos reajustes seriam menores, mas a falta de água agravou a situação. As obras previstas não foram concluídas. É um pouco de tudo”.

Além disso tudo, ainda há desperdício, assegura o presidente do Conselho. “Não podemos esquecer o racionamento de 2001. Ainda tem o desperdício que torna a energia mais cara para nós porque eleva a necessidade de obras e as hidrelétricas já não se consegue fazer com aqueles armazenamentos de água e isso impacta na geração. Uma vez que o remédio está sendo amargo, o consumidor começa a participar mais, sendo que, deveria participar mais, independentemente dos aumentos”.

Governo

Representantes do Ministério de Minas e Energia serão convidados para comentar esta pesquisa na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI).

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