overno do Estado anunciou que convocará imediatamente 50% dos aprovados no concurso da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. Já os aprovados para os cargos de investigador e escrivão, da Polícia Judiciária Civil (PJC), serão chamados a partir do 13 de outubro, data em que iniciarão as aulas junto à Academia de Polícia (Acadepol).
A declaração foi dada pelo titular da Casa Civil, Pedro Nadaf, após o grupo se mobilizar na tarde desta segunda-feira (29). Os aprovados no certame colocaram faixas de protesto em frente à sede da Secretaria de Segurança Pública do Estado (Sesp/MT). O objetivo do grupo é acampar no local até que as convocações sejam realmente iniciadas.
Realizado em janeiro deste ano, o concurso para Polícia Militar, Judiciária Civil e Corpo de Bombeiros tinha expectativa de iniciar o chamamento antes da realização da Copa do Mundo. Segundo os manifestantes, a promessa era de que eles seriam convocados para em junho estarem aptos para atuar durante o Mundial em Cuiabá. O fato é que não houve qualquer cumprimento de cronograma por parte do governo.
Débora Aparecida Ribeiro, aprovada para o cargo de investigadora em Juína, ressaltou que a expectativa sobre a posse dos aprovados foi criada pelo próprio governo. “Queremos ser convocados para a 2ª fase do concurso, que é o curso na Academia de Polícia (Acadepol). Enquanto não for publicada esta convocação, continuaremos acampados. Queremos prazos verídicos”, reforçou.
José Rodrigues, que também foi aprovado para Juína, está desempregado há meses. Ele conta que deixou o emprego, na gerência de um posto de combustível, pois havia expectativa das aulas serem iniciadas antes de junho. “Como não podemos ter qualquer vínculo empregatício assim que se inicia na Academia, pedi dispensa do serviço. Para sustentar minha filha e minha esposa, que também está desempregada, tenho feito ‘bicos’ e pedido ajuda para os parentes”.
Outro caso é o de Itamar Cleiton Souza. Aprovado para o cargo de investigador, ele conta que deixou o emprego na cidade de Xaxim (SC), pois acreditava que seria convocado no início deste ano. Morando em Cuiabá, na casa de parentes, para manter o sustento Itamar tem vendido sorvete na empresa que é da família.
Rafael César Cunha, Christian Oliveira e Walace Renan Morais Dal Pazolo são alguns dos aprovados para as vagas da Polícia Militar. Eles contam que além do desemprego, também precisam da ajuda dos pais e demais parentes para sobreviver enquanto não são convocados. “Meu filho nasce no dia 30 de dezembro e até agora não temos qualquer posicionamento sobre quando seremos chamados”, explicou Walace.