Alemanha vence a Argentina na prorrogação e evita o pior na final da Copa do Mundo

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Mario Goetze, de apenas 22 anos, saiu do banco para coroar toda uma geração de craques 

A incompetência da seleção brasileira não garantiu a final dos sonhos de qualquer competição. Mas só por isso não foi um grande espetáculo de futebol. A Alemanha venceu a Argentina por 1 a 0 na prorrogação e garantiu neste domingo (13), em pleno Maracanã, seu quarto título de Copa do Mundo (1954, 1974, 1990 e 2014).

O jovem Mario Goetze saiu do banco de reservas e colocou toda uma geração na história a oito minutos do fim com um gol de pura técnica. Mais do que isso, evitou que os hermanos verdadeiramente sambassem no Rio de Janeiro. Do outro lado, o craque Lionel Messi amargou mais uma decepção em sua história na competição.

Ainda que pelas linhas tortas, foi possível perceber que o amontoado de jogadores do time da Confederação Brasileira de Futebol não tinha mesmo condições técnicas e mesmo psicológicas de atuar em uma decisão deste porte. Alemães e argentinos justificaram a final mais repetida da história. A Copa do Mundo de 1986 ficou para trás e se repetiu a vitória em 1990.  

Grande parte dos brasileiros ainda tentou defender uma honra que de fato não existe desde a humilhação diante da Alemanha (7 a 1) e, como se não bastasse, a perda do terceiro lugar para a Holanda (3 a 0). Se de um lado os argentinos entoavam o hit “Brasil, diga-me o que sente”, os anfitriões responderam com vaias, gritos de “pentacampeão” e, claro, intermináveis provocações a Maradona.  

Como em toda grande final, os times se mostraram um tanto conservadores de início. Depois de 64 anos, agora com 74.738 torcedores, quase cem mil a menos que antes, o para sempre Maior do Mundo voltou a sentir a pressão de uma final de Copa do Mundo. Duas das maiores estrelas de hoje, Thomas Mueller e Lionel Messi aos poucos foram tomando conta do espetáculo. O camisa 10 hermano chutou para fora uma bola no início do segundo tempo e criou outras inúmeras chances. Sentiu falta do lesionado Di Maria na armação.


O artilheiro Higuaín teve duas chances no primeiro tempo. Na primeira delas, chutou para fora cara a cara com Neuer. Na segunda, até marcou, mas estava impedido. Já a Alemanha sofreu desde o início. Sem Khedira, Kramer entrou no meio-campo. O problema é que esse último também sofreu uma lesão e teve de ser substituído. O técnico Joachim Low então resolveu arriscar um pouco mais e colocou Shuerrle. Os bávaros ainda tiveram uma chance perdida com Kroos e uma bola na trave de Hoewedes.

Sem saber, os alemães caíram em uma antiga armadilha dos argentinos apesar de exigirem bastante de Romero no segundo tempo. Os vizinhos enrolaram o jogo, se fecharam na defesa e viveram de uma mágica de Messi. A prorrogação era certa mesmo com as mudanças ofensivas de Joachim Low e a retranca de Alejandro Sabella.

Logo nos primeiros minutos da prorrogação, dois lances poderiam ter mudado a história da decisão. Schuerlle teve a chance para os alemães, enquanto Palacio tentou encobrir o goleiro e também desperdiçou. Foi só aos 7 minutos do segundo tempo que a história se decidiu. Os alemães aproveitaram um vacilo terrível da questionada zaga argentina e coube a Mario Goetze entrar para história. Dentro da área, o jovem de 22 anos dominou no peito e, como se fosse um veterano em Copas do Mundo, marcou um golaço.

A festa estava só começando no Maracanã. Até mesmo o banco de reservas alemão invadiu o campo para comemorar. A derrota não iria mais escorrer entre os dedos. Ao final, coube a decepção dos argentinos dentro e fora do campo. O olhar perdido de Messi foi acompanhado do choro dos torcedores nas arquibancadas.

Os pentacampeões parabenizaram os vencedores no apito final do italiano Nicola Rizzoli e, pelo menos os presentes no estádio, souberam reconhecer que já não têm o melhor futebol do mundo.    

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