Bancários analisam proposta e podem encerrar a greve

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Após oito dias de greve, os bancários podem suspender a paralisação nacional nesta quarta-feira (26). 

A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) apresentou, na tarde desta terça-feira (25), mais uma proposta de negociação com a categoria, em uma reunião realizada em São Paulo.

A nova proposta já está sendo analisada pelo Comando Nacional dos Bancários, que deverá passar um posicionamento aos 137 sindicatos espalhados pelo país. 

A proposta anterior feita pelos bancos, e que foi rejeitada pela categoria, foi de reajuste de 6% sobre todas as verbas salariais.

Dessa vez, a Fenaban ofereceu um reajuste salarial de 7,5% e 8,5% para o piso, mais 10% de reajuste nos vales alimentação e refeição, que equivalem a 2,95% de aumento real.

Os bancos oferecem ainda um aumento de 10% (aumento real de 4,37%) na parte fixa da PLR (Particpação nos Lucros e Resultados) e no teto do adicional. 

Dessa forma, os R$ 1,4 mil fixos chegariam a R$ 1.540,00, enquanto o teto adicional subiria de R$ 2,8 mil para R$ 3.080,00.

O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal não participam dessa rodada de negociação com a Fenaban. As negociações específicas serão realizadas após negociações com a federação.

A greve


A greve dos bancários foi deflagrada no último dia 18 e, nesse período, resultou em 184 agências bancárias fechadas no Estado, segundo informações do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso. 

No total, segundo o sindicato, há 379 agências em Mato Grosso, o que significa que quase 50% das unidades já aderiram ao movimento.

Apenas na Capital, 109 das 119 agências bancárias existentes estão de portas fechadas, bem como 15 das 19 unidades de Várzea Grande. No interior, 60 instituições financeiras de 20 municípios aderiram à paralisação nacional.

A última greve da categoria aconteceu em setembro de 2011 e durou 21 dias.

Reivindicações


A categoria pede reajuste salarial de 10,25%, além de PLR de três salários do funcionário acrescidos de R$ 4.961,25 fixo.

Eles também reclamam por um salário mínimo equivalente ao salário mínimo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) de R$ 2.416,28, e pagamento de auxílio-alimentação e vale-refeição no valor de um salário mínimo (R$ 622) cada um. Hoje, o salário-base dos bancários gira em torno de R$ 1,4 mil, segundo o sindicato.

Os bancários querem ainda a implantação de um PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários) para todos, bem como auxílio-educação para cursos de graduação e pós-graduação.

Constam na pauta ainda o fim da rotatividade nos bancos, aumento do número de contratações, fim das terceirizações, aprovação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) – que inibe as demissões imotivadas – e a ampliação da inclusão bancária.

Mais segurança nas agências e postos bancários também é uma das reinvindicações da categoria, que pede ainda pelo cumprimento da jornada de seis horas para todos os funcionários, fim das metas consideradas abusivas e combate ao assédio moral, previdência complementar e igualdade de oportunidades.

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