Auditoria suspeita de “laranjas” entre os beneficiários

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O auditor-geral do Estado, José Alves Pereira Filho, admitiu, em entrevista , nesta terça-feira (20), que os 32 funcionários “fantasmas” beneficiários do desvio de dinheiro da Conta Única do Governo de Mato Grosso podem, na verdade, ter sido usados como "laranjas", no esquema que causou prejuízo inicial de, pelo menos, R$ 12,9 milhões aos cofres públicos estaduais.

“Sabemos que saíram pagamentos para essas 32 pessoas. Pode ser que se descubra que o CPF [Cadastro de Pessoa Física] delas foi usado, que alguém usou os documentos para abrir uma conta no banco”, admitiu o auditor, após participar da 1ª Conferência Estadual sobre Transparência e Controle Social (Consocial), no Tribunal de Contas do Estado.

“O que sabemos é que esses 32 CPFs estão cadastrados na Receita Federal, e são válidos”, completou José Alves.

Recentemente, em entrevista ao site, o auditor havia observado que, até o momento, as investigações apontavam que muitos desses beneficiários tinham um padrão de vida inferior às expectativas. Cada um dos fantasmas recebia em torno de R$ 9 mil ao mês.

José Alves afirmou, ainda, que não cabe à Auditoria Geral do Estado (AGE) investigar a origem do esquema, ou se os 32 supostos servidores foram efetivamente beneficiados. 

“Nosso trabalho está concluído nesse caso. Identificamos 32 pessoas e encaminhamos o processo para a Delegacia Fazendária e o Ministério Público. A questão sobre quem mais está envolvido ou quem engendrou tudo isso, agora, é competência desses órgãos”, declarou o auditor. 

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